ESTÃO TODOS SALVOS!
A manhã começou fria, com 5ºC, no Deserto do Atacama. O acampamento Esperanza amanheceu vazio. Os parentes dos mineiros já estão acompanhando os homens no hospital. Só restam os jornalistas do mundo inteiro no local.
Faltavam cinco minutos para as 22h quando a cápsula trazendo o último mineiro apareceu na superfície. Após 70 dias, estavam todos os 33 salvos.
A festa do acampamento Esperanza teve música e champanhe. Após muitas horas, finalmente Luis Urzua chega à superfície.
Luiz Urzua ou Don Lucho, como o último resgatado é conhecido, assumiu por mais de dois meses a tarefa de liderar e manter coeso o grupo. Deu um longo abraço no filho. Depois, cumprimentou o presidente Sebastian Piñera. Ouviu um discurso de agradecimento. Cantou o hino.
O sobrinho do último resgatado mal conseguia falar sobre o que foi esperar até o fim: Foi uma angústia, uma emoção, mais que nada felicidade.
O resgate de Dom Lucho marcou o fim de uma odisséia que começou em 5 de agosto, quando um desmoronamento os deixou a 620 metros de profundidade.
Abraço, choro, alegria contida - cenas que combinavam com o nome do lugar: Acampamento Esperanza, que se formou em torno da Mina San Jose, no Deserto do Atacama.
Com um misto de nervosismo e euforia, pais, esposas e filhos dos mineiros acompanharam toda a operação.
Franklin Lobo, ex-jogador da seleção chilena, agarrou-se à bola que recebeu na saída.
A operação de resgate, conduzida com extraordinária precisão, começou na noite anterior. O primeiro a ser retirado foi Florencio Ávalos, de 31 anos, pai de dois filhos.
Em seguida, subiu Mario Sepúlveda, o Super Mario - uma espécie de animador oficial dos mineiros.
Um homem que trabalhou no resgate desde o início disse: Esses 33 trabalhadores nos deram um exemplo de força, de liderança e do que significa trabalhar em uma mina.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, veio cumprimentar seu compatriota Carlos Mamani, o único estrangeiro do grupo. Depois do resgate, os mineiros eram enviados a uma área isolada dentro do campo e depois transferidos para o Hospital de Copiapó, onde devem permanecer por dois dias.
Alguns sentiram os efeitos do período de reclusão. Vários estão com cáries nos dentes. O governo confirmou que um deles está com pneumonia, mas não informou quem. Livres para viver, os mineiros são motivo de cantorias que parecem não ter fim.
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