AMI WINEHOUSE: CONFIRMADA MORTE DA CANTORA INGLESA. ELA TINHA 27 ANOS
A turnê da cantora passou pelo Brasil em janeiro deste ano, com shows em Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo.
A escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio, ficará pelo menos uma semana sem aulas. Segundo a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, que foi até a escola nesta sexta-feira dar uma entrevista coletiva, a partir desta sexta, até a sexta-feira seguinte, psicólogos e assistentes sociais farão um atendimento às famílias que tiveram crianças mortas ou feridas no ataque feito por Wellington de Oliveira Menezes, na quinta-feira.
O Papa Bento XVI, por intermédio do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, enviou uma mensagem de solidariedade às vítimas do massacre de Realengo e a toda população carioca.
No texto, encaminhado ao arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, o pontífice se disse profundamente consternado com o ataque contra crianças indefesas.
Dois assaltantes invadiram a Escola Municipal Astrogildo Pereira, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, após praticar assaltos na rua do colégio. Segundo a polícia, eles estavam fugindo e entraram na unidade para se esconder dos agentes.
Os dois, apesar de desarmados chegaram a fazer uma criança de escudo, de acordo com a polícia. Após negociação com os agentes, eles se entregaram e foram levados para a 34ª DP (Bangu).
Segundo Arnaldo Lobo, pai de uma professora, os criminosos tentaram se esconder da polícia dentro da sala onde sua filha estava com alunos.
Ela me ligou e contou, desesperada, que tinha bandidos na escola. Eu saí, passei na delegacia e avisei à polícia. Quando cheguei lá encontrei uma viatura e a polícia já havia controlado a situação, disse ele.
Para Lobo, o ataque à escola em Realengo, na quinta-feira, influenciou no desespero, um dia após o episódio. A situação de ontem influenciou. O bicho está pegando no Rio de Janeiro. Ela está em estado de choque, contou.
A polícia apresentou nesta sexta-feira os revólveres utilizados pelo assassino Wellington de Oliveira Menezes, e as cápsulas disparadas por ele, além de um cinturão e de um carregador de munições usados no ataque à escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Morreram 12 alunos no tiroteio, e o atirador se suicidou após ser alvejado pela polícia.
Uma das crianças que estava internada no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, vítima do atirador da escola Tasso de Oliveira, teve alta no início da tarde desta sexta-feira. Renata Lima Rocha, de 13 anos, foi baleada no abdômem.
O líder do U2, Bono, rezou nesta sexta-feira ao lado da presidente Dilma Rousseff na capela do Palácio da Alvorada, em Brasília, em memória às vítimas da tragédia em Realengo. Depois, eles fizeram um minuto de silêncio. Bono disse que Dilma está muito triste. O encontro com a presidente durou cerca de três horas.
A carta deixada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, que matou 11 estudantes em uma escola de Realengo, zona oeste no Rio de Janeiro, tem inúmeras semelhanças com aquela deixada por Mohammed Atta, o terrorista egípcio que sequestrou um avião e o atirou contra o World Trade Center, em Nova York, em 11 de setembro de 2001.
Ambas as cartas possuem orientações típicas de um funeral muçulmano. A irmã de Oliveira disse que o atirador, que era recluso e passava boa parte do dia na internet, fazia menção frequente a temas islâmicos.
O presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, negou nesta quinta-feira que Wellington fosse muçulmano.
Roupas para o enterro
Na carta de Atta, o terrorista fez recomendações sobre a roupa que deveriam vesti-lo para seu enterro:
- Devem me vestir em roupas novas, não me deixando nas roupas em que morri.
Wellington, por sua vez, pede aos que cuidarem de seu sepultamento que devem retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio.
Luvas para quem os tocar
Atta disse na carta: quem lavar meus genitais deve usar luvas, para que eu não seja tocado nessa região.
Já Wellington também pede o uso de luvas para os que o tocarem:
- Somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas.
Pessoas impuras no funeral
Na carta-testamento, Atta também faz menção à presença de pessoas impuras em seu funeral:
- Mulheres grávidas ou pessoas impuras não devem se despedir de mim - eu rejeito isso. Mulheres não devem rezar para que eu alcance o perdão.
Wellington também menciona pessoas impuras:
- Nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão.
Repartição dos bens
Atta diz que os bens que deixo para trás devem ser divididos como mandam as regras islâmicas.
Wellington também faz recomendações sobre a divisão de uma casa, que lhe pertenceria:
- Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado à uma desses instituições.
A origem das duas armas usadas por Wellington Menezes de Oliveira no massacre de 11 alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade, será investigada, disse hoje o governador Sérgio Cabral. Ele estava muito armado, estava com um cinto de munição, que é coisa de profissional, disse.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AM), cobrou na manhã de hoje ações do governo para garantir a presença maior de forças policiais nas escolas, além da inclusão no currículo escolar da questão da segurança pública.
A ação de um aluno baleado ajudou a evitar uma tragédia ainda maior no massacre da manhã desta quinta-feira, em Realengo, na zona oeste do Rio. O menino, sangrando, correu para a rua e pediu ajuda a dois policiais militares, a duas quadras da escola.
O carteiro Hercilei Antunes, 44 anos, mora em frente à Escola Municipal Tasso da Silveira. Na manhã desta quinta-feira, ouviu estampidos e achou que eram crianças estourando bombinhas. Quando percebeu que eram tiros, correu para a escola, onde estudam sua filha, de 11 anos, e dois sobrinhos. Mas não teve coragem de passar do térreo. Achou que a escola estava invadida por um bando, tamanha a quantidade de tiros. Eu quis entrar, mas não sou feito de aço. Se entrasse, ia levar também, disse.
Quando a polícia chegou, ele subiu ao terceiro andar e encontrou as crianças bem. Ao voltar para casa, viu marcas de sangue na calçada e na soleira da porta. Várias crianças, inclusive um menino que foi baleado no ombro, haviam entrado para usar o telefone e falar com seus pais.